segunda-feira, 29 de novembro de 2010

São José , modelo dos adoradores!


«Em profunda adoração, São José uniu-se à graça especial de cada um dos eventos da vida de Jesus. Ele adorou Nosso Senhor na sua vida oculta e na Sua Paixão e Morte; ele adorou antecipadamente o Cristo Eucarístico nos seus tabernáculos: não havia nada que Nosso Senhor pudesse esconder de São José. Com excepção da Bem-Aventurada Virgem Santa Maria, São José foi o primeiro e mais perfeito adorador de Nosso Senhor.

Quão grandemente o Verbo encarnado foi glorificado pela adoração de Maria e José enquanto eles expiavam pela indiferença e ingratidão das criaturas!

São José juntava-se a Maria em adoração e unificava o seu ser a Cristo. O seu coração vibrava com sentimentos de adoração, amor e louvor ao Pai, e de caridade para com os homens.

A adoração de São José acompanhou todas as fases da vida de Nosso Senhor, aproveitando a graça, o espírito e a virtude de cada mistério. Na encarnação ele adorava o auto-aniquilamento do Filho de Deus; em Belém, adorava a pobreza; em Nazaré, o silêncio, a aparente fraqueza, a obediência, e todas as outras virtudes de Cristo. Conhecia-os bem e captou claramente a razão pela qual Cristo os praticou - para o amor e glória do Seu Pai Celestial.

Fé, humildade, pureza e amor, estas foram as chaves-mestras da sua adoração. Nenhum santo jamais vibrou com uma fé mais ardente ou rebaixou-se em mais profunda humildade. Nenhum anjo jamais brilhou com mais brilhante pureza. E quanto ao seu amor, nenhum santo ou anjo jamais tiveram nem nunca chegarão ao alcance da sua ardente caridade, através da qual expressou o seu ser em plena devoção.

Porque a sua fé era tão forte, a mente e o coração de José curvaram-se em perfeita adoração. Imitai a sua fé enquanto vos ajoelhais diante do Cristo humilde e aniquilado na Eucaristia. Rasgai o véu que cobre esta fornalha de amor e adorai o Deus escondido. Ao mesmo tempo respeitai o véu do amor e fazei a imolação da vossa mente e do vosso coração, porque esta é a mais bela homenagem de fé.

Entre as graças que Jesus deu ao Seu pai adoptivo - e Ele inundou-o com as graças anexadas a cada um dos Seus Mistérios - estava a especial graça para ser um adorador do Santíssimo Sacramento. Isso é o que mais devemos ter presente sobre São José. Tende confiança nele, uma forte confiança nele. Tomai-o como patrono e modelo para a vossa vida de adoração.

Da estreita união com este santo adorador vou aprender a adorar o Senhor e a viver em intimidade com Ele. Eu então deverei ser o José da Eucaristia como ele era o José de Nazaré.

(São Pedro Julião Eymard, "A Divina Eucaristia")

a Virgem Maria morreu de amor


São Francisco de Sales

Nossa Senhora, a Mãe de Deus, morreu da morte de seu Filho. A razão fundamental é que Ela não tinha senão uma mesma vida com Ele, e por isso não podia ter diferente morte.

E seu Filho, de que morreu? Já vos direi. "O amor tem tanta força como a morte", exclama o Esposo no Cântico dos Cânticos.

Morreu de amor o Salvador de nossas almas; nada pôde [contra Ele] a morte, tudo fez o amor, forte como ela.

Sendo, pois, que o Filho morreu de amor e a Mãe morreu da morte de seu Filho, não se duvidará de que a Mãe morreu de amor. Já disse que Ela foi ferida de amor no Calvário, quando viu morrer o Filho. Desde então o amor Lhe deu tais assaltos, sentiu Ela em si tais desmaios, que foi impossível impedir que sua ferida se tornasse mortal.

Oh! paixão de amor! Oh! amor de paixão! Se seu Filho estava no Céu, seu coração já não estava n'Ela. Estava naquele corpo que Ela amava tanto, ossos de seus ossos, carne de sua carne, e ao Céu voava aquela águia santa. Seu coração, sua alma, sua vida, tudo estava no Céu: por que haviam de ficar aqui na Terra?

Finalmente, após tantos vôos espirituais, tantos arrebatamentos e tantos êxtases, aquele castelo santo de pureza e humildade rendeu-se ao último assalto do amor, depois de haver resistido a tantos. O amor A venceu, e consigo levou sua benditíssima alma.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

um altar um amigo

                     Como os altares, as amizades precisam ser construídas
 
Altar é lugar de sacrifício, lugar onde se oferece uma vítima em holocausto. 
Os altares sempre são constituídos para esta finalidade, para através de um sacrifício fazer memória dos favores que Deus concedeu.
Um altar precisa ser construído com esforço pessoal e decisão de coração. 
Ele é memorial, lugar da teofania, da manifestação do amor de Deus. Amizades são altares.

Amizade é oblação, é ir além do que é natural em nós, é tocar o sobrenatural. Da mesma forma que um altar pressupõe um holocausto, uma amizade traz em si o sacrifício. É preciso sacrificar a nós mesmos, nossas falsas verdades, nossos gostos e desejos pessoais. Amizade é altar, é lugar onde se derrama sentimento, lágrimas, sangue, vida. Se esse derramar em sacrifício não acontece, não há altar, não há amizade.
Como os altares, as amizades precisam ser construídas, edificadas com o que há de melhor em cada um. São sentimentos, experiências, valores, sonhos, que como verdadeiras pedras vão se sobrepondo para que ali verdadeiramente aconteça o sacrifício. São pedras que não podem ser tolhidas pelos desejos de nenhuma das partes, pois trazem em si aquilo que é o melhor, o sagrado, o original de Deus em cada um. Lapidá-las para adaptá-las às nossas vontades, aos nossos desejos, significa profaná-las. Eu não posso construir um altar, uma amizade com nada a não ser o que há de mais puro e sagrado. Eu não posso ser verdadeiramente um amigo se eu não levo comigo a originalidade de Deus em mim. Um altar profanado, uma amizade profanada, só tem um destino: a destruição. 



Há um valor especial em qualquer coisa que nós mesmos construímos ou ajudamos a construir, ainda mais quando se trata de pessoas. Uma amizade que não traz em si a vontade de ajudar a construir o outro, não manifesta vida, não há significado, não há porque, não há santidade, não há razão de ser. Um altar é santo em razão do que ele significa. Uma amizade que não constrói o outro perdeu o seu sentido, o seu significado, a sua capacidade de sacralizar.
O ato de construir o outro não é fácil, causa dor em ambos, entraves, muito sacrifício mútuo e pessoal. Mas - como foi dito antes - se não há sacrifício, não há altar. Para construir o outro eu preciso derramar o meu sangue, a minha vida, para que a oferta do meu sacrifício seja capaz de trazer à tona o que há de melhor no outro, mesmo que para isso precise doer primeiro em mim. É um ato de oblação, de oferta, que à medida que nos aproxima do altar, nos aproxima do próprio Deus, tornando-nos interiormente livres. Quanto mais sacrifício há em uma amizade, mais liberdade se adquire, mais próximo de Deus se chega. O altar me leva a alcançar a Deus. Se uma amizade não me leva ao Senhor, ela perdeu a essência.
Deus me levou a construir amizades durante a minha vida. Elas são verdadeiros memoriais da visita do Senhor na minha história. São verdadeiros altares onde eu posso me derramar, derramar a minha vida, sacrificar a mim mesmo, ser melhor, crescer na certeza de estar me aproximando cada vez mais de Deus. Se uma oferenda é santificada e apresentada ao Senhor pelo contato com o altar, cada vez que me “derramo” sobre um amigo, sou apresentado mais santo do que poderia ser sozinho. Ninguém se santifica sozinho. Amizades são instrumentos eficazes de Deus para minha santificação.
Deus não colocou somente pessoas em minha vida, me deu amigos, me deu altares onde eu posso perpetuamente me oferecer em holocausto e me sacralizar.

curados para AMAR

A vida cristã, não determina apenas a nossa prática religiosa, o nosso relacionamento espiritual com Deus. Ela envolve todo o seu viver. Toda a sua vida. Envolve todo os nosso relacionamento com Deus, com o próximo, com o mundo criado e com o mundo celeste.
Para vivermos uma vida nova no Espírito e preciso termos um novo jeito de viver . Um jeito novo de vivermos, ensinado por Jesus Cristo, inspirado e movido pelo Espírito Santo. Um jeito novo de vivermos: nosso amor, nosso trabalho, nossa família, nosso namoro, nosso casamento, nossa sexualidade, nossa afetividade, nossas amizades, a posse dos bens materiais, a política e tudo mais que faça parte de nossa vida. 
A vida nova é um novo modo de vivermos, ensinado por Jesus. Envolve toda a vida, o mais profundo do SER. Não apenas a casca, mas o coração. Trata-se de receber ” um novo coração e um novo espírito” (Ez. 36, 24-30)
Nós fomos criados para “SER AMOR”. E só nos realizaremos plenamente na vida, se chegarmos a “SER AMOR” . Amor adulto, amor “oblativo” Esta é a realidade existencial mais verdadeira e mais profunda de nossa vida : só encontraremos plena realização, quando se realizar o amor, porque fui criado para ser amor. Em Gn. 1, 27, está escrito: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher”.
O que significa ser criado à imagem e semelhança de Deus ? Para sabê-lo precisamos perguntar: “Quem é Deus ? Como é Deus? ” São João nos diz, na sua Primeira Carta, capítulo 4, versículos 8 a 16, que “Deus é amor”! Se Deus é amor, aquele que é criado à sua imagem, é criado para ser amor. Há um dito popular que diz: “Filho de peixe, peixinho é. Podemos dizer: “Filho de amor, amorzinho é. Se nós fomos criados à imagem e semelhança do AMOR, fomos criados para SER AMOR. 
Podemos dizer: ” Que maravilha, fomos criados para ser amor”. Em verdade não apenas uma maravilha, mas uma constatação de significado mais profundo, existencial e de conseqüências fundamentais na nossa vida atual e futura. Porque se fomos criados para ser amor, só seremos felizes, se isto se realizar em nossas vidas, chegarmos a “ser amor, de fato”! Certamente cada um de nós, pelo menos uma vez na vida, refletiu sobre o amor. 
Esse sentimento que movimenta toda a humanidade, muito mais precioso que o ouro. É procurado nos outros e em nós mesmos, e quando não é encontrado, leva à dolorosa sensação de solidão.





AFINAL O QUE É O AMOR ?
Há uma confusão muito grande entre amor verdadeiro e um produto similar, chamado de - amor de troca - uma conduta usada como moeda, para comprar determinados comportamentos do OUTRO. Exemplo típico é a eterna cobrança : Eu sempre cuidei de você, agora que preciso, não o tenho comigo” 
É preciso entender que, o amor cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro. Quando estamos em estado de amor, torna-se inevitável agirmos de forma amorosa. Portanto, o outro , no fundo, nos faz um favor ao se deixar amar por nós. O Amor não é um convite para a infelicidade. Quando numa relação uma pessoa se sente amargurada, deve refletir cuidadosamente, pois o amor impulsiona para a vida, sentimo-nos vivos e em sintonia com Deus, que é amor. Amar não é viver assustado, procurando adivinhar o que o outro quer, para obter sua aprovação, ou temendo o seu mau humor. 
O sentimento do amor nos dignifica e nos dá a verdadeira dimensão do nosso valor; faz-nos sentir que pertencemos à raça humana e que não somos simplesmente meros complemento um do outro. 
Amar não é ficar parado, como um rei, esperando que o outro, pelo fato de estar sendo amado, sinta-se devedor de nosso sentimento. O amor nos proporciona uma sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de sermos abençoados por Deus. E, em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Amar não é simplesmente ter um desejo sexual. Sexo não é o único elemento do amor. As pessoas que vêem o amor como algo puramente genital, acabam por empobrecê-lo. Amar não é uma viagem a ser feita com alguém, onde desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento. O amor é uma força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação.
O Amor torna-nos corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o desafio do cotidiano, sem deixa-lo transformar-se em rotina. Ele nos proporciona uma postura de aprendiz, concedendo-nos, a suprema compreensão de que, quando somos levados pelo impulso do amor, realizamos algo. No amor, não estamos nos submetendo ao outro, mas sim obedecendo às ordens de dentro de nosso coração. 
O amor nos dá coragem para enfrentarmos todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo : “homem não presta” “mulher é complicada” casamentos só traz sofrimento”, que poluem nossos pensamentos. O amor é um sentimento de seres imperfeitos, portanto, não podemos exigir a perfeição do outro , a função do amor é levar o ser humano à perfeição. O amor é um convite a estar com o outro, é um querer estar compartilhando alegrias e dores, problemas e soluções. O amor nos leva a respeitar a nossa própria individualidade e a do outro.
O amor é a força que nos torna guerreiros, sem revolta, pois, amar é comprometer-se sem garantias, entregar-se completamente, com a esperança de que o nosso amor produza amor no outro.. O amor é uma viagem para dentro de nós mesmos, na busca das respostas que nos revelem o que não está certo conosco, mesmo que o outro esteja sendo desleixado com nosso amor. A palavra amor é muito limitada para expressar a totalidade do seu significado e, por isso, ao procurarmos conceituar o sentimento, é inevitável que o limitemos. 
O Amor é muito mais que a união de dois corpos, muito mais que a união de duas pessoas. Ë a própria existência. No amor seguimos um caminho, realizando uma história, cujo final, apesar de nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos. A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana o seu perfume, o homem naturalmente exala o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender o seu cheiro.

MATRIMÔNIO : sacramento magno



O primeio grande dom do sacramento do matrimônio é a fidelidade.
O sacramento do matrimônio exige uma fé muito profunda porque você vai entregar a sua vida totalmente a um homem, a uma mulher, e esse mistério que une deverá levá-ls profundamente até oultimo SIM da vida deles.
Não existe matrimônio que não tenha o mistérioprofundo da doação do aniquilamento seja do esposo, ou da esposa. Quem é fiel vai percebendo que o Senhor vai dando uma história de amor muito profunda e essa história contém lagrimas, dores, alegrias, solidão, lutas. O sacramento do matromônio ele é  simplesmente extraordinário porque ele vai permitindo que o Senhor realizena vida de dois corações uma história de amor irrepetivel. Como é  única a tua digital, é único o sacramento.
Se você perguntar a história de amor de vida, de dor de um homem de uma mulher que foram fiéis até o fim, você vai encontrar nenhuma história idêntica; o sacramento do matrimônio é único. O amor não é um sentimento, é uma decisão, que é mais forte que a morte, vence todas as fraquezas e limitação, enfim, o sacramento do matrimônio vai fazendo brilhar a santidade da igreja.
Quantos que não se conhecem na alma e são casados há dez, quinze, vinte anos, e não entraram no coração , na alma, no íntimo do seu esposo, da sua esposa...  e é muito fácil acostumar-se a viver  seperficialmente, não há troca de coração, nãohá experiência de alma, como o Senhor Jesus tanto pede por causa do sacramento do matrimônio! O amor gera a alma.  

A GRANDEZA DA AMIZADE

Uma coisa absolutamente essencial é o encontro com um verdadeiro amigo a quem se pode dizer tudo, sabendo que seremos escutados, encorajados e confirmados em um gesto de amor e uma palavra de ternura. A amizade, quando é encorajamento à fidelidade, é a mais bela das realidades. Aristóteles dizia que é a flor da virtude, a gratuidade da flor.
Quando nos sentimos amados e apreciados como somos, quando sentimos chamados pelo amigo, somos nutridos no fundo do coração.
E sr nutrido pelo amor dos outros é um apelo a tornar-se alimento para aqueles que sofrem, aqueles que se sentem sós angustiados. Aprende-se, assim a se tornar alimento. "É um dever para nós, os fortes, carregar a fraqueza daqueles que não têm essa força e de não procurar o que nos agrada" (Rm 15,1). " De vossa boca deve sair toda espécie de palavra boa e capaz de edificar quando é preciso, e de fazer o bem, àqueles que escutam" (Ef 15,29).
São Tomás afirma que nem todo o amor indica amizade, mas apenas o amor que indica benevolência, quer dizer, que se manifesta em desejar o bem do outro. Por isso, as possibilidades de amizade crescem quando é maior a ocasião de difundir o bem que se possui. "Só são verdadeiros amigos aqueles que têm algua coisa a dar e, ao mesmo tempo, a humildad suficiente par receber. Por isso, a amizade é mais própria dos homens virtuosos. O vício compartilhado não produz amizade mais cumplicidade, o que não é o mesmo. Nunca se pode legitimar um mal com uma pretensa amizade, o mal, o pecado, jamais une na amizade e no amor".